Artigo
Como resolver questões com eficiência
Fala, amigo concurseiro!
O assunto de hoje é como resolver questões com eficiência. Garanto que ao final dessa leitura, você vai ter mudado a sua forma de enxergar a resolução de questões.
Você vai conhecer oito passos para resolver questões e ver que isso é uma arte, podendo alavancar muito mais os seus estudos lá na frente. Seus índices ficarão acima de 90% se os passos forem aplicados.
Princípio fundamental: você vai responder as questões com qualidade, principalmente, no início dos estudos. Vai entender o que que é preciso fazer para aproveitar tudo que as questões podem trazer de benefícios.
É importante notar que, principalmente, no início dos estudos, qualidade é melhor do que quantidade. Por isso, aqui você verá oito passos para aproveitar tudo que as questões podem te proporcionar. Confira!
1) Analisar todos os itens da questão.
O seu objetivo principal, quando estiver estudando, não deve ser somente acertar as questões.
O que acontece muitas vezes quando você está resolvendo questões no começo dos estudos é o seguinte: você quer resolver, que acertar a questão (para ficar com um índice de acerto bacana), para mostrar que está entendendo, mas não tira todos os proveitos de aprendizagem dela.
Exemplo: em uma questão com 5 alternativas, você sabe três, fica dúvida em duas, chuta, acerta, mas não descobre o porquê da sua dúvida. Lá na frente essa questão vai cair numa nova prova e você se deu mal por que não aprendeu o conteúdo. Por isso, não chute!
No início, a nossa preocupação não é com percentual de acertos, você ainda não está testando.
O principal intuito de fazer questões no início dos estudos é você aprender a matéria, fixar o conteúdo, saber o que é cobrado, o que vai para o seu material de revisão, se a banca gosta mais de letra da Lei, mais doutrina, se é mais jurisprudência.
Ou seja, é você entender como é que funciona o mundo dos concursos, o que é cobrado nas provas. É a hora de você errar mesmo, aprender quando está resolvendo questões!
Então, não procure apenas o item certo, justifique todos os itens da questão, assim você extrai todo o conhecimento dela.
2) Resolver questões comentadas.
Principalmente no início dos estudos, leia todos os comentários que o professor colocar nas questões, porque às vezes você acerta a questão, mas o motivo que você pensou era diferente.
Ou então, sabia a resposta parcialmente, não sabia completa. Acertou sem querer.
Em todos esses casos, se você acertou a questão mas não estava 100% confiante, leia o comentário do professor, que certamente aprenderá algum detalhe extra.
Nesse link, você pode ter acesso a questões comentadas por professores.
3) Revisar os pontos de dificuldade
O que é isso? Sentiu dificuldade na resolução de questão ou errou? É sua obrigação voltar no material e revisar aquele ponto.
Não adianta você avançar rápido só para dizer que fez muitas questões e achar que está avançando bem no conteúdo. Sentiu dúvida? Volte lá! Porque isso vai impactar diretamente na próxima dica. Combinado?
4) Retroalimentar o seu material de estudos
Aqui está um ponto fundamental para melhorar seu desempenho: complementar seus materiais de revisão a partir da resolução de questões.
Primeiramente, é importante deixar claro que seu material de revisão pode ser de diversas formas, a exemplo de mapas mentais, resumos, grifos, cadernos de erros, passo estratégico etc.
A sua obrigação é a seguinte: sempre que fizer uma questão, se errar ou tiver dificuldade na resolução (mesmo que acerte nesse segundo caso), você deve anotar os pontos importantes em seu material de revisão (para que ele fique mais completo e personalizado para suas dificuldades).
Então, se você está fazendo uma questão que cobra a letra da lei e você errou, o que você tem que fazer?
Vai lá na sua lei, marque aquele dispositivo para quando você tiver estudando a Lei Seca, por exemplo, saber que ele é importante e cobrado em prova. Com isso, dará mais atenção àquele ponto da lei.
É uma jurisprudência, entendimento novo de um Tribunal Superior? Vai lá no seu material e faz a retroalimentação, anota aquele entendimento.
É uma lei nova, mudou algum dispositivo? Vai lá e registra.
Não esqueça! Retroalimentar o seu material de revisão é fundamental.
5) Mapeamento de questão ou MDQ
Essa é uma alternativa ao tópico anterior para que revise as questões importantes.
Você também tem necessidade de revisar as questões que erra, por quê? Veja só, até o que nós estudamos, que é fácil, que compreendemos, se não revisarmos, esquecemos.
Se nós erramos inclusive o que é fácil (se não for revisado) , imagina o que é difícil, quando resolveu uma questão dessas lá atrás, criou uma linha de raciocínio que o fez errar.
Então, essas questões que você erra, que sentiu dificuldade na hora de resolver, aquela questão capciosa, uma pegadinha da banca, um entendimento da banca examinadora, aquelas da CESPE que você fica na dúvida se estão querendo a regra ou a exceção, é importante que você deixe essas questões mapeadas para refazê-las de tempo em tempo.
É fundamental você ter esse arquivo com questões mapeadas. Então, separe essas questões para refazer nas suas revisões.
- Questões do PDF: marque um asterisco nas suas questões mapeadas ou anote o número delas no começo da bateria para saber quais precisa refazer.
- Questões no Sistema de questões: crie um caderno específico para cada matéria com as questões erradas.
Questões que você deve mapear: erradas, difíceis, capciosas, pegadinha da banca, questões modelos de exatas.
6) Diluição da quantidade de questões.
A resolução de questões é uma das etapas mais importantes nos estudos para concursos públicos.
Quando começamos a estudar, muitas vezes ficamos empolgados e queremos resolver uma quantidade enorme de exercícios. Isso não é errado, de fato quanto mais questões fizer, melhor. Porém temos que saber fazer de forma eficiente.
Para isso, usamos a técnica da “Fragmentação da Quantidade de Qeustões”. O que é isso, Bruno?
Imagina que você está estudando Direito Constitucional e são 10 aulas para serem estudadas.
E que você definiu que para cada aula vai resolver 200 questões após estudar o assunto. Vamos supor que temos 2 formas de resolver esses 200 exercícios:
- Realizar as 200 questões de uma vez após terminar de estudar o assunto;
- Após finalizar a aula, resolver somente 20 questões das 200. E depois disso revisar o assunto mais 9 vezes (resolvendo 20 questões em cada uma das revisões).
Intuitivamente, qual das opções acha que será mais eficiente para o processo de aprendizagem, ajudando na compreensão, retenção e memorização dos conteúdos?
É muito mais proveitoso e eficiente para o processo de aprendizagem diluir isso tudo em 10 vezes de 20 questões do que fazer as 200 de uma só vez.
Se escolher resolver as 200 questões, vai demorar muito mais para conseguir estudar todas as 10 aulas, completando uma volta na matéria. Consequentemente, para você revisar , vai demorar muito, vai esquecer do conteúdo.
No entanto, se optar por diluir as 200 questões em 10 vezes de 20 questões cada e passar 10 vezes pela matéria, você fez 10 revisões. Fez ciclos menores e em um menor espaço de tempo. Isso aí vai ser muito mais eficiente para os seus estudos.
A repetição e a frequência são bem melhores do que a intensidade para que seus estudos tenham mais fluidez e para que consiga reter mais as informações estudadas.
Em suma, resolva muitos exercícios, mas faça em pequenos blocos, entre 20 e 30 por rodada. Isso vai permitir que você veja os assuntos com uma maior frequência, facilitando a compreensão e a memorização dos conteúdos.
Quando estiver mais avançado, você ficará mais livre para resolver um número bem maior de questões, pois o número de questões que deixarão dúvidas será menor.
7) Controle dos índices
Registre todos os seus índices de acertos das disciplinas e assuntos de cada aula. Por isso, eu acho mais eficiente você fazer questões por assunto/aula.
Exemplo: Pega o assunto da aula 1, resolve questões sobre ele.
Assim, você vai identificar não somente as matérias que você tem dificuldade, mas os assuntos dentro de cada disciplina que você não domina.
A nossa tendência é estudar o que nós sabemos mais, o que mais gostamos. Então, se você é muito bom em Direito Administrativo, a tendência é que você fique revisando mais essa matéria porque você gosta, acha interessante, se sente bem, o índice de acertos é maior.
Já as mais difíceis ou que você não sabe e domina, costuma deixar mais de lado.
Logo, esses índices de acertos nos mostram, justamente, o que precisamos revisar (as matérias e assuntos), por isso, é fundamental esse controle. Ele vai mostrar as nossas deficiências (pontos fracos) e o que de fato é necessário revisar.
8) Banca do Concurso
Se a sua banca já estiver definida, você tem que ficar especialista nela e fazer as questões daquela banca, porque quem é concurseiro mais experiente, sabe que essa dica é imprescindível.
Um exemplo: Português. Se compararmos as questões dessa matéria, analisando três bancas, por exemplo, Fundação Carlos Chagas (FCC), Cebraspe (CESPE) e a FGV, cada uma delas vai cobrar o português de uma forma diferente.
Então, é importante você conhecer o seu adversário, nesse caso, a banca examinadora.
Por isso, é fundamental, se a banca estiver definida, você fazer as questões dela.
9) Pegadinhas e decorebas
Infelizmente muitas questões tratam de assuntos altamente decorebas, que facilmente são esquecidos em pouco tempo. Ou ainda trazem cascas de bananas que o fazem deslizar e acabar errando as questões.
Nessas situações, registre uma seção especial em seu material de revisão para os decorebas e pegadinhas para que possa sempre rever, inclusive nos dias anteriores à prova, para que não erre mais o assunto.
Caso não queira registrar em uma parte específica do seu material de revisão, coloque algo que chame atenção perto dessas anotações, tipo uma observação em letras garrafais: “DECORAR”.
Aproveite as dicas e bons estudos!
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